Nesse momento eu estaria muito puta se tivesse gastado algum centavo para ir ao BMF. Brasília ainda não está preparada e nem quer entender música eletrônica.
Sabe aquela propaganda da cerveja onde não interessa quem ou o que está tocando?
É mais ou menos isso por aqui.
Ontem, sexta-feira, o "Circo do Marcos Frota" foi a sensação da noite. Muito trance e adolescentes fizeram da tenda/circo a mais cheia da noite de sexta do BMF.
Uma clara demonstração de falta de organização da produção, ou mesmo falta de respeito com quem tinha comprado o convite para sexta, foi o cancelamento do evento principal da noite, Green Velvet, que estava marcado para às três na pista de techno, e que não apareceu, a desculpa da produção foi a de que tinham "perdido o vôo". Justin Robertson simplesmente não vem mais, segundo informado, o patrocinador pagou a multa rescisória para que o dj toque com exclusividade no evento com o Chemical Brothers, possivelmente em novembro, em São Paulo. O Chill também foi cancelado. Como Green Velvet perdeu o vôo na sexta, ele foi convenientemente "encaixado" na noite de sábado, no lugar de Justin Robertson.
Esses foram alguns dos problemas no line up da noite.
No geral algumas coisas também irritaram.
O estacionamento não tinha nenhuma sinalização.
Eu sou a favor da reciclagem mas, toda vez que alguém jogava uma lata no chão, três segundos depois, aparecia um catador se arrastando para pegar a maldita.
Não existia luz nos banheiros. Na minha opinião alguns detalhes importantes não deveriam ser negligênciados em um evento desse porte.
No mais foi o que eu já esperava. A pista techouse/house/techno teve Dave Angel como a melhor apresentação da noite. Depois a pista ficou aquela coisa mais ou menos. Então fomos ouvir o Circulation que tocou para alguns gatos pingados no palco principal.
Foi isso o BMF para mim.
Hoje a melhor pedida vai ser ficar em casa descansando e curtindo um filminho.